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V. Trabalho de Investigação e
Estudos (2) Avaliação sobre os consumidores
de drogas e doenças infecciosas A fim de avaliar, prevenir e tratar eficazmente a situação de que consumidores de drogas em Macau foram infectados por doenças contagiosas, o IAS e os Serviços de Saúde assinaram em Março de 2002 um memoradum de cooperação vocacionado para intensificar o exame de doenças contagiosas contraídas por toxicodependentes, segundo o qual estes dois organismos governamentais prestam em conjunto o serviço de exame físico regular às pessoas sujeitas à desintoxicação e aos trabalhadores para este efeito e criam um banco de dados conjuntos sobre a situação de saúde e doenças contagiosas dos consumidores de drogas, o que se reveste de grande significado clínico para o conhecimento sobre os prejuízos trazidos à saúde pela droga, a prevenção oportuna da propagação de doenças contagiosas entre a comunidade em alto risco e o controlo eficaz de doenças contagiosas. O conteúdo do exame médico inclui: o vírus de SIDA (HIV), hepatite B (Hep B), hepatite C (Hep C), sífilis, diversos tipos de exame bioquímico, uroscopia, tuberculose pulmonar, etc. Conforme dados dos Serviços de Saúde, entre os consumidores de drogas, embora a percentagem de infecção do HIV ainda não seja grande, a taxa de infecção da Hep C é preocupante, razão por que diversas medidas devem ser tomadas e implementadas continuamente. Sobre a Hep
B e a Hep C: Os dados dos últimos anos mostram que as percentagens
das pessoas sujeitas à desintoxicação e infeccionadas
pelas Hep B e Hep C são bastante grandes, constituindo 16%
e 89% do total, respectivamente. Os canais principais de infecção
dos consumidores de drogas pelas Hep B e Hep C são, geralmente,
a partilha de seringas e o contacto sexual. Para conhecer exactamente
os canais reais de infecção dos consumidores de drogas
de Macau, foram analisados e comparados detalhadamente os dados sobre
os toxicodependentes que pediram apoio de desintoxicação
entre Junho e Dezembro de 2002, especialmente os relativos às
diversas doenças contagiosas e exames físicos bioquímicos.
Entre os 100 casos que receberam o exame médico, 81% eram portadores
do anticorpo de Hep C; 13%, portadores do antigénio de Hep
B; 73%, doentes de Hep C; 5%, vítimas de sífilis (Ver
Gráfico 1). Em comparação com a situação
de 2001, a percentagem da infecção de Hep C baixou ligeiramente.
Mas, é de indicar que as amostras para exame em 2001 vieram
principalmente dos utentes que partilhavam seringas para injecção
de drogas e entre algumas amostras de 2002 ainda se incluíam
as vindas dos utentes sujeitos à desintoxicação
na Consulta Externa e outras vindas do grupo dos consumidores de drogas
que adoptavam métodos para além da injecção
com seringas. Se só fossem observados os casos do grupo dos
consumidores de drogas que partilham seringas, a taxa de infecção
da Hep C chegaria mesmo a 94%. Gráfico 1: Entre os 100 casos, as percentagens de infecção de HIV, Hep B, Hep C, sífilis e tuberculose pulmonar (TB) constituem respectivamente 0%, 13%, 73%, 5% e 14%. A situação de infecção e propagação de doenças contagiosas em Macau merece grande atenção. Nota: A percentagem de Hep B tem sido calculada segundo o
número dos portadores do anticorpo de Hep B. A análise
dos métodos usados para o consumo de drogas mostra que a maioria
dos toxicodependentes infectados por doenças contagiosas partilhavam
seringas para injecção de drogas e a percentagem dos
contagiados que adoptavam outros métodos para consumo de drogas
era relativamente pequena. Da análise dos números dos
toxicodependentes infectados por hepatite, existe uma diferença
entre a taxa de infecção de Hep B (z=2,05, p<0,05)
e a de Hep C (z=8,7, p<0,01), diferença que é evidentemente
grande nos termos estatísticos. Com esses números, pode-se
verificar que as doenças acima referidas são transmitidas
sobretudo pela partilha de seringas (Ver Gráfico 2). Em relação
a sífilis, tuberculose pulmonar e demais doenças, a
sua taxa de infecção no grupo dos que partilhavam seringas
é relativamente alta. Gráfico 2: A distribuição das diversas
doenças contagiosas pelos dois grupos acima mencionados apresenta
a seguinte situação: A taxa de infecção
das doenças no primeiro grupo é maior do que a no segundo.
Segundo estatísticas, entre as diversas taxas de infecção,
a de Hep B é obviamente diferente da de Hep C, o que mostra
que o canal principal de infecção das doenças
contagiosas é a partilha de seringas. * p<0,05; ** p<0,01 O tempo de
consumo dos toxicodependentes do primeiro grupo é, em geral,
relativamente longo, o que pode motivar a redução da
imunidade. Entre as doenças contagiosas acima referidas, a
tuberculose pulmonar pertence à categoria de doenças
de tipo aberto e não tem a relação directa com
a partilha de seringas, mas a sua taxa de infecção no
primeiro grupo é também bastante alta, o que se relaciona,
possivelmente, com a debilidade da constituição física
individual. Os resultados dos exames bioquímicos mostram que
as diversas funções fisiológicas dos examinados
do primeiro grupo são todas relativamente más. Entre
eles 32% sofreram prejuízos funcionais de órgãos,
enquanto que entre os do segundo grupo só há 23% com
órgãos prejudicados. Daí vê-se que a injecção
de drogas por seringas prejudica evidentemente a saúde humana,
sobretudo a sua função imune.
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